sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Quem é você nessa vida?


As pessoas reclamam se você posta muita foto ou pouca foto, se você twitta demais ou não usa sua conta no twitter, se você posta coisa no facebook ou se você nunca nem entra. As pessoas reclamam se você usa muita calça ou se você nunca usou uma, reclamam se você usa brinco ou se você nunca furou a orelha, reclamam se você come demais ou se você não come o suficiente pra elas, reclamam se você não é muito meiga ou se você é meiga demais, reclamam se você fala ou se você nunca deu uma opinião, reclamam se seu cabelo está muito liso ou muito cacheado, ou até muito crespo. Reclamam se seu cabelo é preto, verde, branco, amarelo, vermelho, marrom.
Constantemente as pessoas reclamam, reclamam do excesso, reclamam da falta, reclamam do exagero, reclamam da escassez. Reclamam, reclamam, reclamam, reclamam... Nada é suficiente pra elas, você nunca vai estar 100% pra elas, e nunca vai alcançar o que elas desejam que você seja. Se você não colocar um limite nisso, você nunca será o que você quer ser, apenas será o bonequinho “Zé Ninguém” que passou por essa vida sem viver ou aprender o que queria aprender. Regras existem, limites também. Não confronto ninguém pra quebrá-los ou pra matar alguém. O meu confronto é: Você é o que queria ser? Você já realizou um sonho infantil, por mais bobo que ele fosse?
A vida passa num segundo, e quando você se toca o dia das crianças não é mais seu dia. Depende de você pra fazer valer o que você quer. Depende de você pra ficar com quem você ama, depende de você, da sua fé e da sua vontade de realizar. Eu não duvido mais dos meus sonhos infantis e nem dos que eu sonho hoje. Inclusive já dei uns “ok’s” em uns que eu sonhei na infância. Se a gente for viver o que os outros querem que a gente viva, a gente nunca vai satisfazer o outro e muito menos a nós mesmos. O que digo é que as pessoas nunca vão deixar de reclamar ou cobrar algo, mas cabe a você, só a você, querer ser o que você quer ser. Cabe a você o sentimento de satisfação. Você pode nunca chegar a uma satisfação plena de ser quem você quer ser, mas a satisfação de estar no caminho certo, de realizar as pequenas coisas que você sempre quis... Isso é impagável! Isso é só nosso, é o nosso brilho. Já disse aqui que cada um tem um brilho próprio, que esse papo de viver pra agradar os outros, de ter etiqueta pra ser feliz pros outros, isso além de ser um sonífero é a coisa mais triste da vida. Ser você quer ser palhaço no meio da rua pra arrancar o sorriso das pessoas, seja! Se você quer ser modelo ou manequim de instagram, facebook ou whatever, SEJA! Seja o que você quer ou sempre sonhou em ser cantor de rua, pintor, ator, enfermeiro, médico, psicólogo, policial, escritor, mecânico ou qualquer outra coisa, SEJA! Faça valer seus dias naquilo que você sonhou antes de dormir, e você vai ver o quanto valeu a pena fazer o retorno da estrada da mesmice e entrar na estrada da vida real.

terça-feira, 24 de setembro de 2013


Seja bem vindo, Sr sol! Pode entrar, não repare a falta de claridade, estava escuro mesmo.
Entre e abra consigo a porta e as janelas que outrora se fecharam por causa da chuva e do frio. Ilumine os cômodos como só você consegue iluminar.
Me desperte do sono com a sua claridade nos meus olhos. Olhe nos meus olhos, me arranque sorrisos involuntários, me arranque um espreguiçar feliz.
Seja bem vindo, Sr sol. Faça bom proveito da minha companhia na sua luz, depois me traga a lua, sua dupla me seduz. Me cante canções diferentes, me faça corar de repente, e se não puder fazer nada disso, me traga seu calor, pois disso eu preciso.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

A dança



Certa vez eu estava em uma festa e quem me conhece sabe que eu não sou uma boa dançarina (muito longe disso mesmo!). Daí eu estava dançando tranquilamente (substitua por loucamente), então veio aquele momento mágico que eu amo (ironia), O FORRÓ! Sei que todos ao meu redor amam forró, então eu sempre danço com minhas primas ou com amigos que sabem muito bem que eu não danço. Infelizmente já tive várias experiências de dançar forró com caras que dançam muito e não conseguiram dançar comigo, mas naquela noite eu estava tão animada e queria dançar mesmo assim, só que eu sempre danço com minhas figurinhas, ou seja, minhas primas. Lá fui eu procurá-las e a pista estava lotada de gente. Olhei ao redor e foi me dando aquela agonia, procurei minhas primas e nada delas, daí senti alguém segurar minha mão, e quando eu vi, um amigo da minha prima me chamou pra dançar. Eu gelei, gelei demais! Fiquei apavorada, e isso pode parecer tolo ou infantil, mas sou meio assim mesmo. E então eu não tinha como fugir, mas antes eu o avisei várias vezes que não sabia dançar, que era pra ele escolher outra menina, mas o anjo (obvio que é pseudônimo), me segurou para dançar e eu sempre acostumada a não ser levada tão ao lado feminino, tentei conduzi-lo. Não que eu quisesse dar o tom de uma cena de filme, mas acabou parecendo. Ele me parou, olhou nos meus olhos, a música não era um forró daqueles bregas ou daqueles novos sertanejos, era um xote, tão bom e gostoso como todo xote dever ser. Ele olhou pra mim, sorriu e disse “deixa eu te conduzir?”, na hora eu não sei se foram as palavras ou ele mesmo me segurou com força, só sei que eu senti sua mão na minha cintura, e naquela hora eu vi que eu é que estava tentando tomar o lugar dele, e ele gentilmente estava cedendo. Mas ele tomou atitude e me parou. Depois do pedido, eu não tive muito o que falar, apenas cedi como toda boa moça que não sabe como funciona essas coisas. Ele me rodou, ele dançou comigo tão gentil, tão calmo, parecia que eu sabia dançar mesmo! Terminamos de dançar e ele me deu um sorriso e um abraço. Não tem um apelo romântico, e nem eu queria que tivesse. Hoje depois de alguns anos, me lembro disso com uma felicidade tão boa, foi algo tão bom, depois do Anjo, eu não me recordo de dançar com um cara que quisesse e estivesse disposto a me conduzir, porém eu nem ligo, ainda tenho muita coisa pra viver, mas eu tenho uma boa lembrança pra contar.

Você me chamou pra dançar aquele dia
Mas eu nunca sei rodar
Cada vez que eu girava parecia
Que a minha perna sucumbia de agonia
E cada passo que eu dava nessa dança
Ia perdendo a esperança
Você sacou a minha esquizofrenia
E maneirou na condução
Toda vez que eu errava cê dizia
Pra eu me soltar porque você me conduzia
Mesmo sem jeito eu fui topando essa parada
E no final achei tranquilo

Só sei dançar com você
Isso é o que o amor faz

(Tulipa Ruiz

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Meio eu

Não, isso definitivamente não é paixão, é um apego mesmo. Detesto pequenas demonstrações de afeto, pelo simples fato de me cativarem demais. As vezes a gente só precisa de um abraço e é justamente isso que fazem com a gente. Nesse momento meu corpo gela e o alarme de perigo é tocado bastante audível para que todos ouçam o risco que correm quando eu estou prestes a me apaixonar. Meu medo de envolvimento é proporcional a intensidade que habita abaixo da superfície fria. Faz tempo que não escrevia, faltava-me um incentivo, e talvez esse incentivo fosse você.

"As vezes invento paixões só pra poder roubar a inspiração"

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Respirando




Eu acho estranho, mas eu não quero me moldar de acordo com o futuro pré-imposto, de acordo com alguém que não entende minha totalidade. Cansei disso, entendi que eu posso ser superficial, posso ser profunda, mas e daí? Eu não quero pensar no que eu poderia ser "SE" me comparasse com alguma pessoa, ou na ideia que ela tem de mim, ou onde ela acha que eu vou chegar. Tenho sonhos, tenho medos, tenho paixão. Sou eu, não preciso definir até que ponto eu vou chegar, eu só preciso não abrir mão dos meus sonhos, daquilo que eu sou daquilo que eu sei e do que eu quero aprender. Não preciso de gente do meu lado pela curiosidade de saber minhas metas, não quero saber quando vou chegar - apesar da curiosidade natural- quero alguém que vá comigo, que acredite que sonhe. Não estou fazendo nenhum pedido aos céus, não por questão religiosa, eu não fiz pedido porque vai além de pedir. É uma questão de conquistar, e é isso que eu quero agora, eu quero conquistar meus sonhos, meus sorrisos, seus sorrisos, nossa atenção. Sabendo que o futuro já chegou. O que vamos fazer dele?

sábado, 6 de abril de 2013

Velha

Voltemos a mesma indagação da via de mão dupla, daquilo que martela minha cabeça há anos. Estou nessa estrada, conheço cada curva. Conheço esse jogo, cada carta. Só uma jogada nova me fez pausar, mas infelizmente ou felizmente, o jogo é o mesmo. Uma questão de espera, uma questão de leitura. Uma valsa de vento, e como eu amo o vento, aquela sensação de vida, fazendo o corpo arrepiar, fazendo a gente perceber que tá vivo.

"Ah, sei lá eu
Se o cara que vem lá, será eu?
Mas sei imaginar
Eu me enxergo no lugar"

Palavras

Quero falar de você
Quero falar sobre você
Minha boca tem suas palavras
Meus sinais são seus

Queria não ser tão intensa
Mas aqui estou eu
Te separando letra por letra
Só pra te beber...

terça-feira, 2 de abril de 2013

Em paz



Assim, exatamente como a música, em um dia de sol, o fone de ouvido... Tudo deixa bem claro a sensação de bem-estar... Ela puxa seu cobertor, e com um sorriso de preguiça misturada com felicidade, ela se entrega... Se entrega pra um destino novo, pra um mundo de descobertas, descobertas antes não aceitas por ela mesma. Quem poderá se opor ao som da música que ela compôs? Essa ansiedade meio dúbia, esse gosto de mistério, essa dança incompreendida... O "Já foi" agora se transforma em "Já é".

"Queria ser navegador
Desse teu mundo estelar
Lua que amansa o meu desejo
Estrela azul, me leva"




Foto tirada por mim, em janeiro.

sexta-feira, 1 de março de 2013

(in)Condicional

Não sei onde eu guardei, não sei nem se escondi, Acho que perdi mesmo...
Estranho é que eu não fiz por querer, eu juro! Eu não fiz por querer, mas hoje eu procurei, procurei, e nada...
Deveria ter guardado! Bem que minha mãe me avisou! Mas agora eu vou esperar aparecer...
Esperar... Eu acho que me acostumei a sempre ter aqui, mas quando eu fiz a “doida”, e taquei ela na janela a fora, eu esqueci que tava ventando, e agora ela voou longe, e só volta quando quiser. Normal, nunca fiquei com algo por muito tempo, só queria seus efeitos colaterais, seu feeling, seu arrepio... Sinto inveja das pessoas quando vejo que Ela as usa. Sinto saudade quando vejo o brilho nos olhos dos outros. Nova era, novo rumo, novo tudo, e eu aqui insistindo que ela fique comigo, eu forço um pouco, mas ela trancou a porta, e eu não sou forte o suficiente pra arrombar, nem educada o suficiente para persuadi-la a abrir.
Fica o trato, quando ela fizer a história valer, eu aceitarei seus termos, serei a pior clichê de todas, serei sua Sancho pança, serei sua escudeira, mas dela eu quero a lealdade, quero a história de verdade, não quero mal contado, não quero a metade, quero o completo romance enlatado.
Paixão, volte! Não me deixe ficar igual menino esperto. Prometo te fazer minha paixão, e para ti, serei mãe-teto.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Música



Certa feita em uma conversa de amigos, uns se declararam apaixonados pelo céu, outros pela natureza, e eu me perguntei o que motivava, me fazia arrepiar, contemplar as obras de Deus e me sentir parte do universo? Confesso que fiquei frustrada na hora, porque eu não sentia algo tão forte com o que eles falavam, e ao mesmo tempo não tinha algo concreto pra também demonstrar paixão. Então em uma noite eu me lembrei de algo e foi aí que me toquei!
Quando eu era criança e estudava na escola de música, sempre que me perguntavam o que eu era, eu respondia: - eu sou música!!
Eu achava que feminino de musico era música! Daí eu enchia a boca pra falar que era música!
E nao é que de tanto eu profetizar, acabei virando música?? Eu poderia ser musicista, poderia ter seguido a vida de violinista, mas eu deixei isso tudo pra virar música! Isso mesmo, eu larguei isso tudo pra ser essencialmente música. E talvez eu não seria tão realizada como eu sou hoje. Eu não sou uma música especifica, não sou um acorde definido, e muito menos um estilo musical. Eu sou música, eu me encontro em trechos, faço da minha cama o som, do meu colchão as letras e do meu travesseiro a harmonia. Eu faço da voz as estrelas, faço de bandas e orquestras o meu céu, do meu universo as melodias. Estranho é que agora eu estou falando de música, no silencio, talvez até ele tenha uma melodia pra mim.
Eu não posso negar que tudo em mim vira música, que eu tenho necessidade de som, que eu prefiro a valsa do vento ao invés de gente aos meus pés, não posso negar que eu quero um amor em música, que penso mais na trilha sonora do que na história em si. Pouco me importam as palavras, sempre achei que a música fala muito mais que mil declarações desesperadas de amor. Posso parecer exagerada demais, mas o que eu posso fazer? Eu sou música, pago o preço por ser, mas só eu sei o quanto vale a pena assim viver.

" que eu seja sempre o primeiro a me encontrar em tua casa, e em sua misericórdia transformar a minha vida NUMA LINDA CANÇÃO"