terça-feira, 31 de maio de 2011

Apenas deixe

Em algum momento da minha vida, eu li livros em árvores, sentei em frente a um mar ou um rio em silêncio, andei por aí sem me preocupar com as coisas...
Fiz tudo isso, e hoje sinto o gosto de cada uma delas, me chamando pra ir...
Me chamando pra conhecer, pra viver...
Eu sinto que é isso mesmo, não tenho como mudar!
Sinto o gosto, o arrepio na pele, das coisas e lugares que ainda não vi, mas meu coração tatuou isso tudo aqui dentro, e elas fazem parte de mim antes mesmo de acontecer.
Eu sinto os jardins, as flores, o mar, o lago, a gruta, as montanhas, o amanhecer, o anoitecer, as pessoas... Ahhh as pessoas, são elas que me deixam mais ansiosa! São elas que me fazem ficar madrugadas inteiras, criando situações, criando imagens, fotos ainda não tiradas, piadas ainda não registradas... Tudo isso no meu coração. Eu abrigo esse sonho, esse segredo, esse sentimento há anos! Me sinto impelida, ou melhor compelida a ir!

Sinto Deus em cada uma dessas coisas, sinto e vejo a vontade dEle, em cada canto, em cada campo, em cada sorriso, em cada cântico, em cada lugar...
Não desmereço quem vive comigo, mesmo porque os coloco junto comigo nessas situações, mas em meus sonhos, nos meus pensamentos eu sinto a clara chamada dessas coisas, me trazendo a essência de quem Deus planejou pra que eu seja. Sinto que tenho que ir, sinto que tenho que falar, sinto que tenho que amar... E eu vou, embora não tenha ainda o plano físico da circunstância, no espiritual já se concretizou.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Provando pra ninguém

Na real, eu gosto mesmo é do suspense, do frio na barriga de não saber das coisas, do frio na barriga da surpresa, de não me prender se alguém descobri que me cativou, de ser simplesmente uma borboleta que anda em jardins e se um jardim a agradou, ela pode voltar várias vezes sem que esse jardim a tenha por exclusividade. Eu gosto de deixar a liberdade me tomar em mãos e me carregar pra ver muita coisa.

Não quero por agora que alguém tenha por certeiro o que sinto, porque na realidade eu mesmo não tenho minhas certezas nos meus sentimentos. Seria muito ruim alguém pensar que eu dirijo minhas palavras, minhas frases, minhas linhas, meus parágrafos, meus textos, minha inspiração para uma exata pessoa, não dirijo tudo o que sinto e o que penso só pra alguém, meu ideal é me tornar lida, e nessa leitura, me tornar vida no sentimento do leitor, não quero por nada ser interpretada pro meu próprio caso, quero encontrar indivíduos que se identificam com meu amor, que encontrem sua voz na minha, que façam das suas palavras as minhas, eu gosto da autonomia nisso, eu gosto de gente que lê sem especular se isso é porque eu estou em um momento na vida, gosto de gente que lê por paixão, por amor, e até mesmo por tara (rsrs)! Não quero fazer das minhas palavras, algo de descarrego, minha intenção é o falar, é o ouvir, é o amar, é viver sem se explicar, o que sinto não irá fazer diferença na vida de ninguém até que eu mesma decida trazer à tona o que eu sinto, mas eu gosto do anonimato, eu gosto do esconde-esconde, e até que esse meu querer (esconder) não mude, eu vou viver nessa giratória, e vou reclamar se alguém tomar a minha escrita como minha palavra dita pra alguém, porque eu escrevo pra vocês, e é por isso que eu amo escrever... E é por essas e mais outras que eu amo quando você (leitor) me lê.


"Quantas chances desperdicei,
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém."
(Renato Russo)

terça-feira, 17 de maio de 2011

O que for pra ser vigora

Será que vai existir alguem nesse mundo que me conheça de olhar?

Que saiba exatamente qual música eu quero ouvir, quando nenhuma música minha me agrada??

Será que existe esse alguém na face da terra??

E se existir porque eu não o encontro?

E se encontrar porque não estamos juntos?

Tanta coisa, mas como diria Caetano veloso: "Deixo então! Falo só, digo ao céu,
Mas você vem..."