sexta-feira, 9 de março de 2012

Meu


Aqui ou ali, eu vejo o quanto sou apaixonada pelas minhas coisas, querendo ou não, a maioria delas eu busquei, eu captei, pode ser que as outras pessoas gostem, ou reclamem por eu falar que são minhas, mas não dá! Eu me apaixonei por aquilo que conquistei, e olha que muita coisa não é nada material, os meus momentos, as minhas músicas, ninguém vai conseguir captar meu brilho, podem até ouvir minhas músicas, ler os meus livros, ver meus filmes, porém... porém... não terão a mesma sensação, não verão o que eu vejo, não vão suspirar como eu suspiro. Talvez isso tenha haver com os dois lados, o de que ou quem me cativou, e eu. Porque analisando bem, as minhas coisas são minhas porque são parte de mim, eu ouço, eu suspiro, e parece que a música responde, é como se fosse alguém que me quisesse, que precisasse de mim, elas só funcionam comigo, e nada mais, os momentos não podem ser recriados, vão ficar aqui sempre na minha memória.

E eu me lembro de quando ouvi uma música, eu lembro exatamente do quanto essa música era o que eu tinha que dizer, lembro do misto de agonia e êxtase quando eu a ouvi, lembro em que momento eu estava, e quando eu fui ver um filme, e lá estava ela, não pude conter minhas lágrimas, era ela, feita pra mim, não chorei pelo filme, chorei por ela, pela nossa comunicação “cósmica”, era nossa conversa no meio do filme, me sinalizando que sim, que o que era meu não tinha como ser transferido, minha percepção, meus momentos, minhas lembranças, minhas esperanças, minhas memórias, minha percepção. Não adianta, meu brilho é intransferível, o de todo mundo é (ou pelo menos devia ser), o que eu fiz ontem, pode não se repetir hoje, mas o que é meu, o que é meu, isso vai ser meu encaixe perfeito, sempre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário