quinta-feira, 10 de maio de 2012

Ana e as Pessoas

Depois de tantas revoltas Ana pegou sua máquina de escrever, e fortemente datilografou:

"Estou com ideias nada legais sobre o que é ser CORRETO. Não faço ideia do tempo, de quando tudo mudou, mas constantemente vejo pequenos filmes, pequenas cenas, na qual eu vivi, e de repente: BUM! Eu vejo tudo de um prisma novo, me atormentando, me fazendo pirar, essa roda maluca, esse meio cabeçudo...

As pessoas e o mundo, não me surpreendem mais... Isso não é bom, mas não consigo ver nada novo em ninguém, nem para o mal, nem para o bem. Acho que hoje eu duvido muito dos dois lados, o único lado certo que conheço é DEUS, o resto está padecendo amargamente em meus novos conceitos. Não consigo acreditar cegamente nas pessoas, eu olho pra elas, me lembro de frases que talvez algumas não fazem ideia de que eu saiba, mas eu descobri... É estranho quando você vê alguém entrar em contradição, falar algo, e fazer erroneamente outro. É exatamente um quebra-cabeça, que só funciona pra estragar a reputação, é engraçado e constrangedor, mas não tem mais nada a fazer... Pessoas e suas palavras, pessoas e seus mundos paralelos, aonde tudo que elas veem é só o que querem enxergar, destroem outras pessoas alegando desqualificação, quando na verdade é só ego, ciúmes, frio planejamento, calculismo exacerbado e a falta de limites. Justamente o que faz do ser humano, a podridão e a sujeira que somos... Falsos teatros são preparados, milimetricamente ensaiados na hora! Excelentes atores que em um improviso conseguem ser o que querem, e ser o que os outros querem também! Quando a gente pensa ser algo espontâneo, algo que aconteceu, lá vem a ironia das pequenas cenas, te mostrando aos poucos que NADA foi feito ao acaso, tudo espontaneamente ironicamente planejado e ENSAIADO...

Vivo constantemente repetindo pra eu mesma, que não adianta repassar cenas na minha cabeça, elas não tornarão a acontecer, o que eu tenho que fazer é viver o novo, e não tornar a fazer como fiz antes...

Esse teatro que é a vida, aonde existe todo tipo de personagem. TODO TIPO."

Assim que ela terminou de escrever em sua máquina, pegou sua folha e queimou...
Não se muda o mundo só falando, e sim, FAZENDO. Ana aprendeu sua lição.

Inspirado no filme, novo conto da Cinderela, por minha visão.

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